quarta-feira, 28 de novembro de 2007



RELAÇÂO ALUNO - PROFESSOR

Comumente utilizamos a expressão “professor-aluno” e não na ordem em que está grafado no título. No entanto, entendemos que a forma correta seja esta, uma vez que aquela remete à uma pedagogia tradicional onde o professor era o mais importante e deveria vir primeiro. Da mesma forma, a expressão “ensino-aprendizagem” passa a fazer parte de um paradigma antigo, uma vez que o centro das atenções precisa ser a aprendizagem.
Se o aluno passa a ser o centro das atenções da escola e se esta escola tem como missão mais nobre criar oportunidade para aprendizagem; então a relação passa a ser mais humana e mais produtiva.De acordo com Henri Wallon, a dimensão afetiva ocupa lugar central da construção da pessoa e do conhecimentoPiaget já havia verificado que desde o princípio, a própria criança exerce controle sobre a obtenção e organização de sua experiência do mundo exterior. Usa dos sentidos para ler e interpretar o mundo desde seu nascimento. É no Construtivismo Piagetiano que encontramos a referencia mais forte de que o aluno é um sujeito produtor de conhecimento, e o educador, um facilitador do processo ensino-aprendizagem
Na outra ponta da relação está o aluno que também quer resgatar esta magia e que questiona professores inseguros, ignorantes ou arrogantes que não primam por um bom relacionamento com os alunos. Professores que em pleno século XXI carregam uma bagagem embolorada de saberes absoletos ou de métodos ultrapassados para saberes novos, deixando de lado a aprendizagem afetiva e aplicando a pedagogia tradicional que enxerga o aluno como um recipiente vazio carente de palavras e números. É tarefa do educador fazer o aluno perceber que a informação só passará a ser conhecimento útil se for direcionado por um profissional da educação. Só educadores podem ajudar o aluno a questionar a qualidade das informações, sua origem, sua intenção e, principalmente, sua relevância educacional. A qualidade da relação professor-aluno e, portanto do ensino-aprendizagem será diretamente proporcional à capacidade dos educadores em reconstruírem seus conceitos e assumirem a posição de facilitadores do ensino.A tecnologia facilita a transmissão da informação, mas o papel do professor continua e continuará sendo fundamental para auxiliar o aluno a construir conhecimento. Os que não entenderem essa nova realidade correm o risco de serem substituídos por uma máquina. O professor que trabalhar mais como um facilitador será insubstituível e inesquecível, como até hoje é, para qualquer de nós, a figura da primeira professora.

RELAÇÃO PROFESSOR / ALUNO


É comum surgirem comentários, entre os professores, sobre a maneira como os alunos se comportavam nas salas de aula num passado não muito distante e a forma como se comportam hoje.
É claro que o silêncio é imprescindível para haver um bom desenvolvimento dos assuntos tratados na sala de aula. Mas não o silêncio mudo. O que se deseja é o silêncio responsável, dialogado, que cala o aluno para ouvir o professor e cala este para ouvir o aluno. O grande desafio é conseguir este ponto de equilíbrio, pois está provado e comprovado que qualquer um dos extremos é terrivelmente prejudicial à aprendizagem e destrói a relação harmoniosa entre o professor e o aluno.
Não é possível manter o estudante mudo na sala de aula. Ele precisa, sim, ter oportunidade de falar, argumentar, verbalizar, de forma clara, como está processando a aquisição do conhecimento. Mas, se o professor tolhe o aluno e não lhe dá espaço para expor suas hipóteses e construções, então será quase impossível estabelecer um relacionamento produtivo entre os dois.
O fato de que todos precisam se apoderar dos conhecimentos já elaborados, não significa que o aluno seja um mero repetidor desses conhecimentos. Se houver um clima de confiança entre o professor e o aluno, esses saberes poderão ser discutidos, aprofundados e analisados sob outras perspectivas. Mas, para que isto aconteça de forma proveitosa, é necessário haver uma relação dialógica, sem a qual vamos cair na educação bancária, tão repudiada pelo nosso mestre Paulo Freire.
Sabe-se que em muitas escolas existe espaço para se construir uma relação professor/aluno que vai além do aspecto meramente pedagógico. Nestes casos cria-se um elo de admiração mútua que muitas vezes vale mais do que o aprendizado dos conteúdos programáticos. Isto acontece porque somos todos seres de relações e temos necessidade de estabelecer vínculos afetivos com aqueles que nos cercam

FAVORECER A DEFINIÇÃO DE UM PROJETO PESSOAL DO ALUNO

Quando as crianças entram nas escolas, geralmente elas não têm projeto pessoal e principalmente para os alunos com dificuldades.
As escolas quase nunca oferecem encorajamento para seus alunos. Os professores deveriam encorajá-los, e tentar identificar seus projetos pessoais existentes, pois o projeto pessoal de uma criança não é necessariamente completo, e estável.
A criança não tem e nunca terá que responder por responsabilidade, sua vida, sua mente é livre, mas quando entra na escola seu projeto é ler todas as letrinhas, mas o professor tem que tomar cuidado para não fazer com que esse projeto desapareça.
O professor tem que assumi-los como eles são, tem que saber fazer com que eles evoluam, de modo que pensem em outros projetos mais ambiciosos ou mais de acordo com o programa.
Quanto às crianças que não tem projeto pessoal o professor deve dar tempo e mostrar a eles que o projeto é a sua relação com o mundo, sua própria identidade. Não deve querer forçar o aluno que escolha rapidamente um projeto, e sim mostra a ele que esse conhecimento é também uma grande capacidade de comunicação e respeito a sua própria identidade e dos outros.

INSTITUIR UM CONSELHO DE AULA E NEGOCIAR COM ELES DIVERSOS TIPOS DE REGRAS E DE CONTRATOS

Dividir para somar é sempre um meio que leva uma parte menor a conseguir muitas coisas, um atarefa uma conversa, regras, etc.
O conselho de classe serve, entretanto para investir no dialogo com um aluno ou com um pequeno grupo. O conselho entra onde aja conflito, as pessoas não se escutam, não respeitam os outros, as vitimas queixam-se ao conselho e os culpados explicam-se, mas não serve apenas como um espaço de resolução de conflitos.
O conselho de classe também é um espaço onde é possível gerir abertamente a distância entre o programa e o sentido que os alunos dão a seu trabalho.
Os poderes do grupo são consideráveis e podem desempenhar um papel essencial de mediação: a relação com o saber pode ser definida na classe, graças a um a verdadeira negociação do contrato didático, onde o professor escuta seus alunos, e os ajuda a formular seus pensamentos e ouvir suas declarações.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

ESUSCITAR O DESEJO DE APRENDER, EXPLICITAR A RELAÇÃO COM O SABER O SENTIDO DO TRABALHO ESCOLAR E DESENVOLVER NA CRIANÇA A CAPACIDADE DE AUTO AVALIAÇÃO

Aprender é como um bebê, ouvindo e vivenciando o dia a dia com a mãe ele vai aprendendo a fazer por si.
Algumas crianças têm o prazer de aprender por aprender e superar obstáculos e dominar dificuldades.
A escola tem que ser como a vida em família, aluno e professor devem ser parceiros em sala de aula, um ensinando o outro, muitas vezes com a repetição de uma mesma coisa.
A criança se interessa pelo assunto conforme a sua utilização em seu dia a dia (hora de dormir, banho, alimentação), tudo ao seu tempo.
O professor deve passar aprendizagem a seus alunos não como um modo tradicional, mais com descontração, oferecendo situações interessantes e estimulantes. As aulas não precisam ser monótonas devem a ver interação entre aluno e professor, tendo muita comunicação entre os dois, podendo trabalhar e desenvolver atividades que os deixe mais descontraídos, aprender rindo, brincando, fazendo com que o aluno tenha prazer de aprender.
O professor tem que prender a atenção de seus alunos, dando atividades que os desafiem, mas que não sejam impossíveis de resolver assim fazendo-os pensar na resposta.
Na hora de ensinar o professor não deve forçar o aluno a aprender e sim estimular o desejo dele de aprender. O professor deve respeitar o tempo de cada criança na hora de aprender, pos cada uma tem seu tempo determinado, algumas têm mais facilidades de assimilar o que lhe é passado e outras demoram mais.

O DESEJO DE SABER E À DESISÃO DE APRENDER, É O CAMINHO AO TESOURO.